sábado, 30 de outubro de 2010

A moça da janela


E da janela ela espia a paisagem
De braços apoiados ela vive a suspirar
Ele do outro lado da rua nem vê
Que é filmado em detalhes como os de uma tv HD
E em vestes de farda faz pose de guerreiro
Enquanto ao viajar em seus delírios
Ela se sente a própria mocinha
Do herói dos filmes de hollywood
Mas não leva muito tempo e chega uma talzinha
Que com atitude decidida
De mãos nas cadeiras posa de açucareiro e lhe dá decisão
E o mocinho diante de tal situação
Perde então a sua pose de macho
E cabisbaixo mal parece um cão vira latas
Lá se vai o tesão da nossa moça rio abaixo...
Só sei que diante de tamanha frustração
Nossa donzela fecha a janela e em profunda exclamação
Roga-lhe uma boa praga pela decepção
Então faz jura de esquecer o tal herói
E de outra vez se interessar por um vilão.
E pra você que pensa que a história acabou assim...
Ainda volto pra contar esse desfecho
Mas não se avexe não porque pelo que vejo
Isso não vai acabar tão cedo!...

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